23 de setembro de 2009 | By: Rita Seda Pinto

Quimera

Quimera

Eu vi o sol nascer sem ajuda alguma.
Seus raios brilharam e clarearam a terra.
Tudo que havia estava à mostra, escancarado,
E eu pensei: que lindo!

Ouvi do bem te vi o canto animado...
Bandos de maritacas voando apressados
E gritando, matracando, tudo acordando.
E eu achei tudo aquilo lindo!

Despertas pelo alarido, de passarinhos aos bandos,
os ares cortando, como ágeis flechas
gritou a siriema que quebrou três potes
e eu me encantei por tudo aquilo lindo!

Olhei o Ipê e o vi quase desnudo,
se preparando para se cobrir de ouro
e reinar por sobre o campo ora tão seco.
E eu pensei que o amanhã é lindo!

Das coisas lindas que acontecem hoje
em devaneio podes ver o amanhã...
Se isto é sonho, quimera, não entendo,
mas tenho certeza: tudo ficará mais lindo!

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