28 de dezembro de 2009 | By: Rita Seda Pinto

Natal da familia em 2009

Natal 2009


Rita Seda



A cada Natal amo mais ainda minha família. Se não fosse ela, o que seria da minha vida? Sem meu esposo, sempre solícito e atencioso, maestro exímio dos concertos familiares? Sem meus queridos filhos, genros, nora, netos, bisnetos, personificação do Menino de Belém?

Sem o bebê que ainda não sabemos nem o sexo, mas que veio do Recife no ventre da mãe, acompanhado do pai orgulhoso (no bom sentido), e que é o Jesus Cristinho deste ano?

Sem o alarido dos netos adolescentes e sua turma, a ternura da neta mais nova, que é só sorrisos?

E da bisneta de cabelos encaracolados, agarrada ao pescoço do pai careca, sempre risonho e que ganhou uma peruca do amigo secreto? Só que a peruca não adiantou nada: é de palhaço!!! Careca outra vez...

Presente maravilhoso ver filhos e netos dirigindo-se ao Santuário para celebrar com a Eucaristia, junto a padroeira, o Natal de Jesus.

Sem as brincadeiras do Ivon na Net e saber que até o Monsenhor José gostou de nos ver dançando alegres?

Isso é Natal! É ter uma imagem do Menino Jesus de 50 anos, encardida, faltando pés, nariz esfolado, mãozinhas estragadas, de tanto os filhos, e netos acariciar...e às vezes derrubar!Mas que é companheira de tantos anos... E ganhar outro, do mesmo tamanho, lindo, perfeito, de material moderno, por delicadeza de filho e nora.

É ver homens e mulheres correndo daqui pra lá e de lá pra cá para ajudar na preparação das iguarias e organização da casa. Pudera! Gente saindo pelo ladrão! Que delícia!

Só me lembro de ter acendido as lâmpadas da árvore de Natal para testar,quando as coloquei... Estão apagadas!!! E percebo, feliz: a luz emana do coração de cada um de nós. Que a fomos buscar na Eucaristia. Viva Jesus!
27 de dezembro de 2009 | By: Rita Seda Pinto
18 de dezembro de 2009 | By: Rita Seda Pinto

Receita deliciosa - Brigadeirão

Esta receita é uma homenagem à Silvinha, grande amiga, a quem muito admiro.

Espero que vocês gostem e façam logo para experimentar.


Uma sobremesa deliciosa e superfacil




É um brigadeirão. Deve ser feito de véspera para gelar. Sei que vão adorar...



Ingredientes:

1 lata de leite condensado

1 lata de creme de leite sem soro (é só gelar...)

3 ovos

3 colheres de chocolate

1 colher de manteiga ou margarina.



Modo de fazer:

Colocar numa panela o leite condensado, as 3 gemas, a manteiga ou margarina, o chocolate.

Em fogo regular, mexer com colher de pau até dar ponto firme de brigadeiro.

Deixar esfriar.

Enquanto esfria, bater as claras em neve, tirar o soro do creme de leite.

Estando frio o doce, misturar as claras e o creme de leite, vigorosamente.

Colocar na vasilha em que irá servir, tampar e gelar.



Se quiser dobrar a receita, só não dobre o número de ovos, aumente apenas um.

Reflexão

A você que tema paz e a você que ainda não a tem...




Reflexão –dia 17/12/2009


Rita Seda



Como é complexo o coração da humanidade!Ele pode se ferir num brevíssimo espaço de tempo e...por nada! E ainda colocar a culpa em outra pessoa. Consegue projetar o que já lhe está fazendo mal nas palavras ou atos de alguém que nada tem com a história. Não entendo bem dessas coisas, mas parece uma fuga, ou um modo de se livrar da culpa. O único meio possível para estabelecer a paz num momento desses é deixar passar e entregar nas mãos de Deus. Depois, esclarecer, conversar. Nada como a transparência, a abertura da alma, exposta com amor. Neste tempo de expectativa das festas natalinas parece que todos andam estressados, não entendem o que o outro diz, estão a um triz de explodir. Mas Natal não é uma dádiva de amor? O Pai nos enviando a ternura de uma criança, o milagre de uma gestação virgem, a aceitação de uma jovem e a doação de um homem que quase nada entendia do que acontecia em sua vida, mas esclarecido pelo anjo tudo aceitou? Então, por que a humanidade não se entende?

-Jesus, Sol da Justiça, nossa Luz e Esperança, envia o teu Espírito para que brilhe a tua Glória Salvadora e venha sobre o mundo em confusão , a Tua PAZ...
15 de dezembro de 2009 | By: Rita Seda Pinto

Fim de ano (Ivon na administração do Hospital)

Às vezes recebemos missões com as quais nunca teríamos pensado. Mas elas vem e vem para ficar. Mesmo  repugnando, temos que engolir o "boi com chifre e tudo". Deus facilita tudo, quando demonstramos um mínimo de boa vontade...


Fim de ano


Rita Seda



-Bença, mãe!

-Deus te abençoe, minha filha!

-Como estão em casa?

-Tudo bem, estou aqui sozinha...

-Onde foi o papai?

-No hospital.

Num grito abafado:

-Que é que houve com ele, mãe?

-Você se esqueceu? Ele está trabalhando lá.

- Ah! Que lerda que sou, mas a preocupação com vocês é tanta que levei um susto!

Assim, aos poucos os filhos e netos foram se acostumando à idéia de Ivon estar, interinamente, administrando o Hospital Antônio Moreira da Costa. Em seu aniversário, dia 14, já ligaram diretamente para o celular. Eu é que ainda não me acostumei. Pudera! Já passei a fase de ter que esperar marido para as refeições, lanches, Missas, saídas juntos, compras, etc. Por outro lado, sei que ele está fazendo um trabalho voluntário importante para nossa cidade. E, também, que ele não pode negar a sua colaboração a essa equipe que está tentando colocar nosso hospital nos trilhos. Seria impossível se ausentar num momento em que todos contam com todos. Equipe coesa que poderíamos chamar de turma do bem. Estão de parabéns! Todos visando um só ideal: colocar em funcionamento ideal o nosso Hospital. É hora de sacrifício para todos os envolvidos. E esposa é para todas as horas, foi isso que prometemos há 50 anos. Então, caminhamos juntos em mais essa empreitada da vida.

Os sacrifícios acontecem para purificar-nos. Para testarmos se temos fibra. E que tiremos proveito das potencialidades com que Deus nos dotou. Ivon recebeu, neste começo de ano, precisamente no dia 5 de fevereiro, a graça da chance para viver mais um pouco. Agora, no fim do ano, ele recebeu uma missão que consiste em se doar, doar um pouco do excedente em vida que Deus lhe concedeu. E com aquele seu modo, que todos conhecem, ele tem atendido as pessoas com um pouco do desvelo com que também foi atendido em sua doença. Já lhe falei que ele tem feito, no trabalho de agora, papel de sacerdote, psicólogo, pai, filho e amigo.

Está fazendo a sua parte no contexto atual do problema. Nós, a família, apoiamos.

Muitos não compreenderão e farão críticas. Isso não importa. E Ivon nem espera reconhecimento. Ninguém precisa ser reconhecido por fazer as coisas certas por amor a Deus. Assim, podemos saborear a espera daquele que vai chegar no Natal outra vez, na figura de uma criança, mas que já está aí, em cada ser humano. Neste fim de ano, especialmente nos doentes que buscam o socorro e todos os que fazem parte do nosso Hospital.

Feliz Natal, meus queridos leitores, meus amigos, minha gente!

E um Ano Novo com um Hospital restaurado, para melhor atender.



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11 de dezembro de 2009 | By: Rita Seda Pinto

Receita :Arroz de Natal

Esta receita de arroz fica uma delicia e é muito facil de executar. Em meia hora fica pronto. Você vai brilhar neste Natal preparando este prato. Esta receita serve bem umas 10 pessoas.

Arroz de Natal para sua ceia

É delicioso e vai bem acompanhando carnes e aves assados.

Ingredientes:

3 xícaras de arroz cozido e temperado como de costume.

½ xícara de castanha do Pará triturada

1/2xícara de uvas passas brancas sem sementes

A mesma medida de passas escuras sem semente

½ xícara de nozes trituradas

½ xícara de damasco picado

½ xícara de rum


Modo de preparo:

Coloque as uvas passas no molho de rum por uma hora, escorra bem e reserve.
Junte a castanha, as nozes, o damasco e as uvas passas ao arroz ainda quente. Mexa bem, junte uma colher de queijo parmezão ralado grosso. Mexa outra vez e sirva enfeitado com salsinha e cebolinha picados bem miudinho.
9 de dezembro de 2009 | By: Rita Seda Pinto

Deu a louca no clima

Estamos mofando com tanta chuva... Sol! Onde escondeste? Vem salvar nosso planeta que sofre tanto pela tua falta! As frutas estão caindo, apodrecendo, os campos alagados e as plantações mortas. Vem, sol!


Deu a louca no tempo


Rita Seda



Nunca se viu tanta catástrofe provocada pelas chuvas. Elas sempre foram benvindas. Quando faltavam, a gente fazia procissão e orava ao pé da cruz pedindo que chovesse. Quem não conhece a moda caipira Pingo dágua? Música sentida que expõe perfeitamente o problema de quem vivia da lavoura e sofria com a seca.

De uns tempos para cá as chuvas não estão dando trégua. Precisamos rezar agora pedindo que ela pare de fazer estragos.

Também, pudera! O crescimento desordenado das cidades, aliado ao aumento da população, ao vai e vem dos veículos com seus gases poluentes, ao lixo indevidamente armazenado, sem falar em fatores muito mais agressivos.

O clima foi agredido e quem mais sofre, no Brasil, são as famílias que são obrigadas a construir seus barracos nas proximidades das encostas ou pendurados nelas.

Quando vi as enchentes em Santa Catarina até me consolei pelos danos causados por aquela que no ano dois mil nos fez sofrer tanto.

Lembro-me que em Belém do Pará a vida do povo tinha íntima ligação com a chuva que caía invariavelmente em certa hora da tarde. Depois (ou antes) da chuva resolveremos tal compromisso, era assim que se marcava...

Eram célebres as enchentes das goiabas em nossa região e a música Águas de Março ficou na história. Agora? Acabou-se a certeza do tempo. Não há mais estação definida. Temos que ficar é de olho vivo para não sermos pegos desprevenidos pelo perigo que cai do céu!

Quem inventou de calçar ruas com asfalto fez muito mal. Impermeabiliza o solo e lá vem enchente! Sem falar do asfalto realizado com miséria de material que está constantemente se abrindo em crateras.

Não mais podemos ter árvores enfeitando e refrescando a cidade, pois quando a chuva vem com vento forte arranca-as fazendo aquele estrago que aqui vimos ano passado. Além do mais não são plantadas com conhecimento do assunto e suas raízes levantam o solo provocando rachaduras, tirando a beleza das ruas e praças, expondo-nos ao perigo.

Tem conserto? Vai depender das atitudes inversas àquelas que trouxeram os problemas. Se os interesses econômicos dos governantes continuarem a falar mais alto do que a razão, não podemos ter esperança. Mas esperemos milagres... eles acontecem!
8 de dezembro de 2009 | By: Rita Seda Pinto

Diante do presépio


Neste tempo em que tudo sugere Natal para nós que cremos, estou postando umas considerações sobre o presépio. Depois de ler coloque as suas também... Obrigada! 

Diante do presépio


Rita Seda



De quê fala o presépio para você?

Se pudéssemos assentar e conversar, quantas imagens diferentes, porém todas igualmente belas, brotariam...

Uns falariam do Menino Deus que veio ao mundo para nos salvar.

Outros lembrariam a enormidade do amor de Deus ao enviar seu filho ao mundo (Jo3,16 ), em missão tão grandiosa, mas que começa com tamanha singeleza... Cá pra nós, não poderia ter passado menos provações? Até o verso mais conhecido e cantado no natal, diz: “pobrezinho nasceu em Belém”.

São Francisco de Assis, na Itália, entre as montanhas de Greccio, no ano de 1223, por muito amar “o amor que não é amado”, num feliz arroubo, realizou com figuras reais, a primeira representação do presépio. Uma gruta ornamentada com palha, feno, ervas e plantas, iluminada com candeias de azeite, serviu para lembrar a bíblica lapa de Belém. Naquele local, à meia noite, iluminados por tochas, os camponeses participaram da Santa Missa de Natal, com homilia do “poverello” (assim se denominava Frei Francisco: “o pobrezinho”...).Dizem que pela sua santidade, veio o Menino colocar-se em seu colo à meia noite. Que presente! Um jumento e um boi, animais que, com seu bafo aqueceram Jesus, estavam presentes. Segundo o profeta Isaias esses animais definem a indiferença dos homens perante o acontecimento divino. O presépio de São Francisco passou a outras regiões da Itália e espalhou-se pelo mundo.

Outros lembrariam com carinho a Virgem Maria, agraciada com a sublime e terna missão de trazer ao mundo e cuidar do Salvador. E os anjos, essas figuras celestes que vieram dar a notícia aos pastores e dar glórias ao Senhor? São José, os Reis Magos, são parte integrante e bastante importantes na lapinha...

Quanto e que maravilhas teríamos a refletir!

Mas, eu vou lhes confessar: o verdadeiro sentido do presépio, custou a me alcançar. Quando menina, havia o sagrado costume de visitar sete presépios, em sete diferentes casas, rezar e depositar uma ou duas moedinhas. E era inevitável que se comparasse uns com os outros... Aquele tem uma relva de um verde tão brilhante,nem parece arroz, plantado há poucos dias! Aquele outro tem um lago feito de espelho, com dona pata e os patinhos de celuloide, tão perfeitos que parecem de verdade! E aquele que tem monjolo movido a água, de verdade? Viram o galo em cima da gruta? Por que será o galo? _Bem, vamos indagar! E por sobre as raspas de madeira, as barbas de pau, serpenteavam os caminhos por onde, no dia 6 de janeiro, chegariam os três reis. Achavam-se cada dia mais perto do Menino, pelas mãos espertas das mamães...Os carneirinhos pastavam por toda a área, sempre acompanhados dos pastores. Meus olhos se entretinham mais com o pastor que tocava a flauta. Parecia ouvir a melodia!

Não sei quanto tempo durou o fascínio. Naquele tempo imaginava que o povo mau não recebera Jesus Menino; me indignava! mas como era romântico! Se não fosse assim, como teríamos o presépio?

Também nem sei quando é que percebi o verdadeiro sentido do presépio. Quando é que a pobreza que eu ali chorava se transformou em lição de simplicidade. Em manifestação da sua cumplicidade com os humildes da terra, que, às vezes, só após nascidos, ganham por caridade, um modesto enxovalzinho da dona Maria, que por sua vez, arrecada com as colegas as peças

umas novas, outras usadas e as vai doando aos recem-nascidos Jesuscristinhos. Por que mãe pobre tem tantos filhos?

Sei não, mas muitas vezes acho que esse menininho sabido, quer é começar a salvar o povo a partir da lapinha, de onde apela por um leito fofo em cada coração! Já pensamos nisso?
6 de dezembro de 2009 | By: Rita Seda Pinto

Cascavel caso verídico

Cascavel


Rita Seda



Fomos visitar um amigo que se encontrava doente e conhecemos um senhor que também o visitava. Devia ter uns sessenta anos, cabelos grisalhos, fortinho de corpo. Conversa vai, conversa vem, contou-nos que há alguns anos foi picado por uma cascavel. Tem um sítio, onde faz plantações de milho, mandioca, frutas, hortaliças, legumes. Certo dia, calçou seu sapatão de couro, enxada ao ombro, foi capinar o mandiocal. Sabia, é claro, que as cobras gostam muito dali, principalmente quando o mato está alto...conforme estava. Sempre foi muito corajoso, sempre fez a capina nesse local, não estava nem preocupado com cobra. É isso que dá!Não havia dado meia dúzia de enxadadas, sentiu a picada logo acima do sapatão. Olhou para a perna e lá estava, pendurada, a danada! Sua reação primeira foi balançar a perna na tentativa de expulsá-la. Para seu espanto a danada não arredou dali antes que esgotasse todo seu veneno! Caiu e ficou estirada no chão como se fosse um pedaço de bambu. Sem se mexer...Disse ele que chegara sua vez: com a lâmina da enxada matou-a de um só golpe e colocou-a em um balde. Isso feito, saiu a contar à esposa o ocorrido, pediu-lhe que ficasse com as crianças e rezasse para que ele voltasse vivo. Entrou no Fusca, com balde e cascavel.

Passou na casa do compadre Juca, contou-lhe o acontecido e este já entrou no carrinho para acompanhá-lo até o Hospital mais próximo. Como não havia o soro antiofídico, saíram rapidamente para outra cidade, distante vinte e cinco quilômetros.

O compadre queria dirigir, mas ele teimosamente, já sentindo a vista fraca, continuou firme na direção.

No hospital foi logo atendido, colocado na cama e o médico perguntou:

-Tem certeza que é cascavel?

Ao que ele ainda respondeu:

-Veja o senhor mesmo o que o compadre Juca tem ali naquele balde.

E perdeu os sentidos. Disseram-lhe que acordou quatro dias depois. Ao abrir os olhos viu umas bonequinhas de branco andando pelo quarto, conversando como gente grande... Mas tinham um palmo, se tanto! Quando se sentiu capaz de soltar a voz, perguntou:

- Que bonequinhas são essas de branco por aqui?

- Ora, somos enfermeiras, cuidamos dos doentes como o senhor.

Lembrou-se então da vista turva, da cascavel e adormeceu pensando que nunca mais veria as pessoas normalmente.

Terminou o relato dizendo que ainda precisou de tempo para recuperar a visão. Ficou com alguma seqüela, enxerga menos, mas ainda trabalha a terra. No entanto, se depender dele, mandioca ninguém come! O mandiocal? Soltou as vacas para acabar com ele, mas acabou foi com uma de suas melhores leiteiras... picada por uma cascavel. Que desperdício! Ainda hoje chora a perda. Mas termina a narrativa, entusiasmado:

-Antes a vaca do que eu, né?