29 de setembro de 2009 | By: Rita Seda Pinto
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O caroço (uma poesia da minha infância)

O caroço
Bastos Tigre Uma poesia da minha infância

Eu comi ontem no almoço
A azeitona de uma empada.
Depois botei o caroço
Sobre a toalha engomada.

Mas mamãe que tudo nota
Me ensina com carinho:
O caroço não se bota
Sobre a toalha, meu benzinho.

Toda pessoa de linha,
Educação e recato,
O osso, o caroço,a espinha,
Põe no cantinho do prato.

E eu, depressa lhe respondo:
Mas mamãe, repare bem,
Meu prato é todo redondo,
Cadê cantinho? Não tem!

29/09/2009