26 de janeiro de 2011 | By: Rita Seda Pinto

Resgate: Meu filho, meu heroi!










Resgate:Meu filho, meu herói!

Rita Seda





Uma distinta dama atrás do volante de uma Pajero prata. Musiquinha ambiente, ninguém para dar palpite, mas, que pena! nem para conversar. Confiante, vai deixando para traz os últimos trechos da Fernão Dias para entrar na Paulicéia. Mudara-se para a capital, mais precisamente para a Vila Mariana, há pouco tempo. Diga-se de passagem que nunca entrara dirigindo assim, tão sozinha, na grande metrópole. Mas coragem não lhe faltava. E a necessidade deu também um empurrãozinho... E lá ia ela, curtindo a musica dos anos 60. De repente surgiu um alerta:-Parece que nunca vi esta rua...Um segundo depois percebeu que estava na rota errada. Estava perdida em São Paulo! Por que ainda não inventaram o GPS? Bom, inventar, inventaram, desde a segunda guerra. Não estão ainda comercializando, né dona? Mas foi rodando, rodando pelo asfalto, já aterrorizada, quando, sem nem perceber, fez uma conversão errada e bem na frente de uns guardas de trânsito. Pensou: tô ferrada! E estava mesmo. Nessa hora já se instalara o pânico. Viu um casal de guardas mais adiante e resolveu parar e pedir ajuda. Muito delicado,com certeza porque percebeu a situação de ansiedade da motorista-este era um profissional que entendia de psicologia- foi perguntando onde ela desejava chegar e quando ouviu a resposta informou que ela estava muito longe de casa... Seu guarda, me ensina o caminho, suplicou. -Daqui não tem nem jeito, minha senhora!-Seu guarda, eu já fiquei perdida no Jardim da Luz quando era criança e vim passear com meus pais em São Paulo. EU TENHO TRAUMA, seu guarda! Chama um táxi para mim, pelamor de Deus!!!- Nisso a comunicação entre guardas se fez e ela ouviu aquela voz estridente do outro lado falando que uma Pajero prata estava cometendo infrações perigosas, verdadeiras loucuras. Ficassem alertas! Fez de conta que não ouviu e foi aí que se deu conta de chamar seu filho pelo celular para vir salvá-la. Foi tiro e queda. O guarda ainda perguntava para quê ela queria o táxi, quando, recuperando a calma, senhora de si, lhe disse: -Meu filho está vindo me socorrer. Desceu do carro e esperou junto dos guardas; acendeu um cigarrinho para descontrair e só chorou quando o filho chegou e a abraçou. - Enquanto enxugava as lágrimas para poder enxergar o trânsito, o guarda ainda a ouviu, pedindo ao rapaz para ir devagar para não perdê-lo de vista...Nesse dia ficou curada do trauma de infância! Santo remédio!

Moral:Trauma de infância só se cura com um drama de adulta!

Obs.Qualquer semelhança com pessoa da família é mera coincidência...

2 comentários:

Silvinh@ disse...

Oi, Rita!!!! Excelente!!!

Feliz da mãe que tem um filho herói...kkkkkkkk

Mas....fiquei refletindo através deste texto...Uma lição para nossa vida.
Uma das coisas que muitas vezes assola nossa vida, nos arrasa; é a DÚVIDA.
Mas, acredito que para sentir se estamos no caminho certo na vida, a dúvida é essencial.
A dúvida precede a compreensão e a comprensão precede a confiança, a certeza e a convicção... Sempre.
Não evite as dúvidas. Use-as como um propulsor em direção à certeza. Se você abortar o processo de dúvidas, ou esconder embaixo do tapete, pode até parecer que está tudo bem, mas no fundo você sabe que há algo errado. Há algo que impede a alinhamento da sua vida.
Você pode ter dúvidas em várias áreas, mas naquilo que importa é absolutamente necessário que você esteja conquistando a confiança, certeza e convicção.
Duvidar não é ser arrogante, mas sim procurar motivos para acreditar.
Encontre os motivos e você nem precisará acreditar. Você sentirá. Você saberá. Você compreenderá. Mesmo que as dúvidas voltem, no futuro, bastará repetir o processo.
Enfim...
A DÚVIDA NÃO TE ENFRAQUECE. A DÚVIDA TE FORTALECE!!!!

BEIJOS, FORTE E CARINHOSO ABRAÇO!!!

SILVINHA

IVON disse...

Poxa, como vc escreve bonito......
Você é a minha deusa

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