28 de abril de 2011 | By: Rita Seda Pinto

Invenções

Invenções
Rita Seda

As invenções acontecem desde que o mundo é mundo. Muitas delas com muito trabalho, pesquisa e concentração. E para suprir uma necessidade. Mas algumas vezes, por acaso. Adams queria inventar uma borracha e acabou inventando o chiclete. O público infantil e adolescente vibrou! E os seus maxilares tiveram muito mais trabalho...
Um cientista europeu estava trabalhando em seu laboratório.
Cansado, saiu para caminhar e tomar um ar puro. Em seu caminhar pela estradinha cheia de mato, um carrapicho agarrou na barra de sua calça. Foi o que bastou para que ele inventasse o velcro, aquelas duas tiras aderentes que usamos para fechar bolsos, sacolas, bolsas, carteiras, etc. E onde ele estava era raríssimo esse tipo de vegetação, que para nós é abundante. Dá até raiva de tantos que agarram em nossa roupa. Por que não foi inventado por um brasileiro? Eu ou você?
Alguns insucessos deram, por sua vez, início a invenções. Alguns cientistas, em 1992, tentavam descobrir um remédio contra a angina. Não deu certo, mas os homens da aldeia galesa que faziam o teste se recusaram a parar de tomá-lo... Bom para os cientistas que começaram a vender o remédio, batizado de Viagra, para tratar um outro problema e bem diferente!
Muito conhecida é a descoberta da Penicilina, por Fleming, que ao fazer experiências com bactérias, tirou férias, mas esqueceu no laboratório uma lâmina suja. Ao voltar viu que as bactérias tinham tomado conta da lâmina, menos na área em que havia
mofo. O desleixo em esquecer de lavar uma lâmina teve duas conseqüências: a penicilina e o contrato de alguém para fazer a faxina...
Estou certa de que muitos dos meus queridos amigos já fizeram descobertas sensacionais. Eu posso garantir que ao deixar de graduar uma geladeira inventei o picolé de alface! Fiquei sem jeito, o que adiantou lavar de véspera para facilitar? Porém, Mariana, nossa neta, adorou! Ao errar numa carreira de tricô inventei um ponto novo! Ao me esquecer de colocar um ingrediente num bolo, inventei nova receita. Nem todas as invenções tornam-se úteis, mas se encaradas com humor, fazem um bem ao fígado, garanto que fazem.
26 de abril de 2011 | By: Rita Seda Pinto

TECENDO A VIDA

Tecendo a vida...
Rita Seda

Sempre gostei de fazer um trabalhinho manual. Com mais ou menos sete anos minha querida prima Ditinha Pata ensinou-me a fazer sapatinhos de tricô. Devo esse meu gosto grande parte a ela. Que enorme paciência precisou para ensinar-me, com tão tenra idade. Mas valeu, Ditinha! Obrigada, novamente! Daí por frente, fui me aperfeiçoando, tricotei muitos casaquinhos para sobrinhos, amigos e, é claro, para meus filhos! Quando Letícia começou a andar fiz para ela um vestido rosa, lindo de morrer, cheio de pregas que o próprio trabalho ia formando. Só restou uma foto... Quando Ivon Jr. nasceu, minha vizinha teve seu filho na maternidade de Itajubá e lá comprou um casaquinho azul tão lindo que Édina Carneiro apelidou de paletózinho do príncipe. Todas queríamos fazer um igual, mas não tínhamos receita. Apelei para toda minha capacidade de tricoteira e consegui desvendar os segredos daquelas bonitas listas horizontais, de outra cor, que enfeitavam a sua frente e fiz a receita para todas. Transformar um novelo de lã em uma peça para vestir, depende do primeiro ponto e muita disciplina. Eu sempre marcava a tarefa para o dia, o prazo de terminar, e misturava tudo com o entusiasmo e a fé. Sem esses ingredientes não os realizaria nunca. Um dia ganhei do Ivon uma Lanofix. Máquina de fazer em um dia o que eu gastava, no mínimo quinze... Foi Dona Salma Kallas, a amiga paciente e artista em tricô e crochê, que me ensinou a lidar com a máquina. Obrigada, Dona Salma! Nunca esquecerei suas lições. Mas, fazer à mão tem um encantamento especial. É como pegar um terço e pausadamente, ir de conta em conta, subindo meia centena de degraus até chegar mais perto de Deus e de nossa Mãe. É como Jesus, que deu um primeiro passo e, penosamente, foi subindo o íngreme calvário, para consumar sua paixão na morte. Ele sabia o que o esperava, mas, sabia, também, que de cada passo seu, dependia a salvação do mundo. Podia salvar de outro modo... Não temos as lanofix, hoje moderníssimas?Ele também teria outras maneiras! Mas já estava previsto pelos profetas tudo que ia sofrer e Ele não recuou. Sob a cruz, enfrentou dores e humilhações, traições e negações, caiu por três vezes e, ensangüentado, retomava o caminho, por amor a nós. Jesus teceu a nossa Salvação ponto por ponto, passo por passo, prego por prego, gota a gota de sangue. Sua ressurreição venceu a morte e por ela todos nós podemos ver brilhar a vida que Deus Pai criou para toda a criação. Mas é preciso cuidar melhor da casa de todos nós: o ameaçado planeta terra!
16 de abril de 2011 | By: Rita Seda Pinto

A voz humana singela homenagem

A voz humana- singela homenagem
Rita Seda

Você já parou para ouvir sua própria voz? Se ainda não, faça isso. Nós estamos acostumados a ouvir a voz dos outros, a gostar de algumas, a implicar com outras, a ser fãs de cantores, atores e locutores e é a voz que nos leva a isso. Já imaginou que a voz é o único instrumento musical que não foi criado pelo homem, mas, sim, por Deus, seu Criador?É tão perfeito e o carregamos dentro do nosso corpo. É o único instrumento vivo. A voz é muito importante para o ser humano, está intimamente ligada à necessidade que temos de nos comunicar e agrupar. Além disso, cada pessoa tem uma voz única e especial, com características singulares. Vem a ser a fonte de nossa expressão sonora. Claro que podemos nos expressar através de gestos, e que muitas pessoas acompanham a emissão da voz a um gesticular impressionante... Saudade da mamãe! Como gesticulava quando falava! E olhe que falava muiiiiiito! A voz demonstra nosso estado de alma. Observe a fala de alguém cansado, ou triste, alegre, calmo, nervoso e note como a voz soa diferente em cada circunstância. Muda de intensidade, altura, inflexão, timbre. Observem nos noticiários da TV, as pessoas, homens e mulheres, quando estão passando por uma grande comoção e notarão esse detalhe. A voz não nos deixa mentir... Precisamos cuidar da nossa voz: não gritar, usar um tom normal. Não ingerir líquidos em temperatura em extremo: nem muito gelada, nem muito quente. O fumo e o álcool são altamente nocivos à voz. Outro fator perigoso para a voz é o ar condicionado pela redução da umidade do ar. E também os alimentos muito condimentados, pois eles provocam azia, má digestão e em conseqüência o refluxo, que queima as pregas (cordas) vocais. Neste dia da Voz quero fazer minha homenagem a um conterrâneo, que recebeu de Deus o dom de uma voz maravilhosa: Waldir Lemos. Tenho imenso prazer em curtir uma bela voz. Mas entre tantos CDs de grandes cantores que rolam por aí, para mim, o número um se chama Mãe Iluminada. Primeiro, pelo objetivo de homenagear sua querida mãe. Segundo, pelas lindas composições do próprio autor. E especialmente pela voz do intérprete. Sou fascinada por essa voz. Não há uma voz masculina, na atualidade, tão melodiosa, tão natural e inebriante como a dele. E aqui tão perto de nós! Meu coração vibra de emoção quando ouço meu amigo Waldir Lemos soltar seu vozeirão, em nosso Santuário, numa humildade e simplicidade ímpares, como ímpar é sua voz.Agradeço a Deus pelo dom com que agraciou nosso querido Waldir.
14 de abril de 2011 | By: Rita Seda Pinto

A voz humana- singela homenagem

A voz humana- singela homenagem
Rita Seda

Você já parou para ouvir sua própria voz? Se ainda não, faça isso. Nós estamos acostumados a ouvir a voz dos outros, a gostar de algumas, a implicar com outras, a ser fãs de cantores, atores e locutores e é a voz que nos leva a isso. Já imaginou que a voz é o único instrumento musical que não foi criado pelo homem, mas, sim, por Deus, seu Criador?É tão perfeito e o carregamos dentro do nosso corpo. É o único instrumento vivo. A voz é muito importante para o ser humano, está intimamente ligada à necessidade que temos de nos comunicar e agrupar. Além disso, cada pessoa tem uma voz única e especial, com características singulares. Vem a ser a fonte de nossa expressão sonora. Claro que podemos nos expressar através de gestos, e que muitas pessoas acompanham a emissão da voz a um gesticular impressionante... Saudade da mamãe! Como gesticulava quando falava! E olhe que falava muiiiiiito! A voz demonstra nosso estado de alma. Observe a fala de alguém cansado, ou triste, alegre, calmo, nervoso e note como a voz soa diferente em cada circunstância. Muda de intensidade, altura, inflexão, timbre. Observem nos noticiários da TV, as pessoas, homens e mulheres, quando estão passando por uma grande comoção e notarão esse detalhe. A voz não nos deixa mentir... Precisamos cuidar da nossa voz: não gritar, usar um tom normal. Não ingerir líquidos em temperatura em extremo: nem muito gelada, nem muito quente. O fumo e o álcool são altamente nocivos à voz. Outro fator perigoso para a voz é o ar condicionado pela redução da umidade do ar. E também os alimentos muito condimentados, pois eles provocam azia, má digestão e em conseqüência o refluxo, que queima as pregas (cordas) vocais. Neste dia da Voz quero fazer minha homenagem a um conterrâneo, que recebeu de Deus o dom de uma voz maravilhosa: Waldir Lemos. Tenho imenso prazer em curtir uma bela voz. Mas entre tantos CDs de grandes cantores que rolam por aí, para mim, o número um se chama Mãe Iluminada. Primeiro, pelo objetivo de homenagear sua querida mãe. Segundo, pelas lindas composições do próprio autor. E especialmente pela voz do intérprete. Sou fascinada por essa voz. Não há uma voz masculina, na atualidade, tão melodiosa, tão natural e inebriante como a dele. E aqui tão perto de nós! Meu coração vibra de emoção quando ouço meu amigo Waldir Lemos soltar seu vozeirão, em nosso Santuário, numa humildade e simplicidade ímpares, como ímpar é sua voz.Agradeço a Deus pelo dom com que agraciou nosso querido Waldir.
9 de abril de 2011 | By: Rita Seda Pinto

Colcha de retalhos

Homenagem aos meus compadres, em sua Missa de Bodas de Ouro
lida por nossa afilhada, Rosana Cláudia

Bodas de Ouro de
Benedito Cândido de Souza e
Maria José Cândido de Souza
Queridos pais.

Há exatos 50 anos vocês estavam nesta mesma Igreja, que de Matriz passou a ser Santuário, mas sempre tendo como padroeira nossa querida Santa Rita de Cássia. Eram dois jovens cheios de sonhos e esperanças. Rodeados de seus pais, familiares e amigos, vieram buscar na bênção da Igreja a concretização para a vida familiar. Deus sempre teve um lugar especial em seus corações e no lar que iniciaram. No dia a dia de sua jornada familiar foram tecendo uma colcha de retalhos. Muitos e muitos retalhos foram sendo trabalhados. Todos em forma de coração. Veio José de Cássia, o primeiro filho, que em sua inexperiência em cuidar de filhos, deve ter-lhes provocado um grande alvoroço. Mas havia avós, padrinhos, vizinhos, cada qual com seu retalhinho para ajudar na bela colcha de retalhos que construíram. Depois, veio Rita Salete, tinha que ser Rita, pois nossa padroeira estava sempre presente na colcha... E havia a trabalheira da casa, o oficio de pedreiro exercido com retidão, para prover a família. Logo mais foi chegando Ronaldo, Rogério, Sérgio Augusto e por fim, a Rosana Claudia, para encerrar com chave de ouro. Se ficasse apenas Rita Salete não daria certo: ia se sentir muito rainha, no meio dos meninos! Os retalhinhos da colcha foram aumentando, os filhos completaram o time que Deus quis partilhar com vocês, mas houve mais dois, que enriqueceram a colcha de retalhos, e nela também se abrigaram...O George Rosa e o Francisco Rosa, filhos do coração. Quanto trabalho e dedicação para construir uma colcha de retalhos que hoje abriga filhos, genros, noras, netos, além de uma infinidade de amigos. Vocês construíram uma colcha resistente, colorida e bela, porque cada retalhinho foi costurado com a linha do amor de Deus. Se não fosse essa linha a colcha não teria a unidade que tem. Se olharmos bem para ela veremos retalhos manchados, que são aqueles tirados das doenças e sofrimentos. Veremos retalhos coloridos e brilhantes, porque foram tirados das festas, dos nascimentos e batizados, casamentos, reuniões de Natal...Veremos retalhos molhados, úmidos do choro de alguém, que sempre há choro na vida, mas misturados aos vibrantes retalhos dos risos, tudo ficou contrabalançado. Eu sou um retalhinho risonho que já colaborou na colcha com mais outros retalhos, esposo, filhos e muita vida que Deus me deu. Cada um colaborou, queridos pais para que essa colcha fosse sendo montada, mas que não vai parar tão cedo, pois muitos retalhinhos em forma de coração, a enfeitarão. Com o auxílio da linha do amor de Deus, vamos longe, tenho certeza. Obrigada, papai e mamãe, em nome da família toda, por terem colocado os dois primeiros retalhinhos, e junto deles um maior, muito maior: o amor de vocês dois, numa união longa, repleta de respeito e exemplos para nós e para o mundo.Parabens!