9 de abril de 2011 | By: Rita Seda Pinto

Colcha de retalhos

Homenagem aos meus compadres, em sua Missa de Bodas de Ouro
lida por nossa afilhada, Rosana Cláudia

Bodas de Ouro de
Benedito Cândido de Souza e
Maria José Cândido de Souza
Queridos pais.

Há exatos 50 anos vocês estavam nesta mesma Igreja, que de Matriz passou a ser Santuário, mas sempre tendo como padroeira nossa querida Santa Rita de Cássia. Eram dois jovens cheios de sonhos e esperanças. Rodeados de seus pais, familiares e amigos, vieram buscar na bênção da Igreja a concretização para a vida familiar. Deus sempre teve um lugar especial em seus corações e no lar que iniciaram. No dia a dia de sua jornada familiar foram tecendo uma colcha de retalhos. Muitos e muitos retalhos foram sendo trabalhados. Todos em forma de coração. Veio José de Cássia, o primeiro filho, que em sua inexperiência em cuidar de filhos, deve ter-lhes provocado um grande alvoroço. Mas havia avós, padrinhos, vizinhos, cada qual com seu retalhinho para ajudar na bela colcha de retalhos que construíram. Depois, veio Rita Salete, tinha que ser Rita, pois nossa padroeira estava sempre presente na colcha... E havia a trabalheira da casa, o oficio de pedreiro exercido com retidão, para prover a família. Logo mais foi chegando Ronaldo, Rogério, Sérgio Augusto e por fim, a Rosana Claudia, para encerrar com chave de ouro. Se ficasse apenas Rita Salete não daria certo: ia se sentir muito rainha, no meio dos meninos! Os retalhinhos da colcha foram aumentando, os filhos completaram o time que Deus quis partilhar com vocês, mas houve mais dois, que enriqueceram a colcha de retalhos, e nela também se abrigaram...O George Rosa e o Francisco Rosa, filhos do coração. Quanto trabalho e dedicação para construir uma colcha de retalhos que hoje abriga filhos, genros, noras, netos, além de uma infinidade de amigos. Vocês construíram uma colcha resistente, colorida e bela, porque cada retalhinho foi costurado com a linha do amor de Deus. Se não fosse essa linha a colcha não teria a unidade que tem. Se olharmos bem para ela veremos retalhos manchados, que são aqueles tirados das doenças e sofrimentos. Veremos retalhos coloridos e brilhantes, porque foram tirados das festas, dos nascimentos e batizados, casamentos, reuniões de Natal...Veremos retalhos molhados, úmidos do choro de alguém, que sempre há choro na vida, mas misturados aos vibrantes retalhos dos risos, tudo ficou contrabalançado. Eu sou um retalhinho risonho que já colaborou na colcha com mais outros retalhos, esposo, filhos e muita vida que Deus me deu. Cada um colaborou, queridos pais para que essa colcha fosse sendo montada, mas que não vai parar tão cedo, pois muitos retalhinhos em forma de coração, a enfeitarão. Com o auxílio da linha do amor de Deus, vamos longe, tenho certeza. Obrigada, papai e mamãe, em nome da família toda, por terem colocado os dois primeiros retalhinhos, e junto deles um maior, muito maior: o amor de vocês dois, numa união longa, repleta de respeito e exemplos para nós e para o mundo.Parabens!

1 comentários:

Ivon disse...

Que linda analogia a da colcha de retalhos com a família. Parabens! Você cada dia está melhor e a cada dia eu a amo mais

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