21 de junho de 2011 | By: Rita Seda Pinto

As propagandas em nossa vida

As propagandas em nossa vida
Rita Seda

Mesmo que não se dê muita atenção, a propaganda nos alcança em algum momento. Nas crianças e adolescentes, ainda em formação para distinguir verdades das ilusões, provoca grandes estragos. E não precisa ser tão explícita como aquela em que um rapaz, vendo passar um “carrão”, despeja gasolina no seu e o incendeia. Essa, em particular, tem respeito com a humanidade? Ensina algo? Na minha opinião ela anula o sentido da ética. As propagandas estão ficando cada vez mais agressivas e audaciosas. Como proibir que jovens adolescentes consumam bebidas alcoólicas, se as bebidas são mostradas como sonho de consumo, supra sumo, por assim dizer, e cada vez maiores? Tudo terminando em ão... E apresentando belas mulheres num claro apelo ao sexo. Quem vai querer beber pouco, então? E para quê bafômetro, se a propaganda faz o povo beber cada vez mais? E faz o teste quem quer? Camufladas nas novelas, faz-se propaganda de tudo. E se introduz modas e comportamentos. Quem pagar para sua criação aparecer na novela, seja em roupa, cabelo, esmalte, bijuteria, música, etc, é um novo rico na certa! O consumo é certo. Desse modo as roupas foram diminuindo de tamanho, na parte superior e inferior, e os pais não têm mais autoridade para evitar que as garotas não imitem os artistas. Estão à mostra nas vitrines, na TV, na Internet. Quem consegue impedi-las de bater o pé, fazer birra e acabar vencendo? Com a vida ausente dos pais, que trabalham justamente para que os filhos tenham uma vida “melhor”, acabam ganhando o que querem até sem muita exigência, afinal, a coleguinha já está usando!!!Minha filha não pode ficar para trás! E não podemos dizer que só acontece com o público feminino. Os rapazes estão soltos para fazer tatuagens, usar piercing e adotar penteado dos famosos jogadores de futebol, por mais estranhos que sejam. Se a tatuagem é tão inofensiva, como dizem alguns, porque o tatuado não pode doar sangue?Acabaram-se os limites em nossa sociedade? Ou eu estou muito careta? Graças a Deus, não! Ainda vejo muitos jovens estudando e se formando com seriedade. Conheci dias atrás um jovem de 15 anos, que sem ser um gênio, toca violino maravilhosamente, estudando três horas por dia e fazendo seu curso de segundo grau. Dá duro, mas tem expectativa de futuro. Sabe o que quer e se esforça para vencer. Pena que houve a inversão: outrora eram poucos os censuráveis, hoje, são poucos os elogiáveis...

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